O COUTO DO MOSTEIRO DE ST.ª MARIA DE SALZEDAS


 

Na revista CENTRO DE INVESTIGAÇÃO TRANSDISCIPLINAR CULTURA, ESPAÇO & MEMÓRIA - CEM N.º 4 - cultura, espaço & memória - Dezembro de 2013

No parágrafo sobre O COUTO DO MOSTEIRO DE ST.ª MARIA DE SALZEDAS, encontrei estas palavras que passo a citar:

 

“…e ainda dentro do couto, encontramos no Auto de Inventário de 1834 a menção a diversas unidades de exploração como a Tamanqueira, o Tello e a quinta de Pinhô, sendo com certeza granjas monásticas.

A Tamanqueira localiza-se a cerca de 1 km a Este do mosteiro, entre este e o lugar de Cimbres. Apresenta uma cerca com uma média de 2 m de altura, ainda expondo, a Oeste, marcos do Mosteiro de Salzedas, e uma pequena casa em pedra de planta rectangular a Sul. No Auto de Inventário (Folha 24) é referido que esta propriedade era sobretudo constituída por mata, com presença de grandes pinheiros e carvalhos.

O sítio do Tello 45 situa-se a 600 m para Oeste do mosteiro, tendo também uma cerca com uma média de 2 m de altura. No «Códice sobre a fundação do Mosteiro de Salzedas» (Folha 25), guardado no Museu Nacional de Arqueologia, é relatado que o abade Manuel Pinto (1789-1790)46 «Fez tapar a magestoza mata do Tello com pórtico». Do Auto de Inventário (Folha 24 v.º) consta que este local encontra-se «murada toda em volta» e tinha «castanheiros, pinheiros e carvalhos de todos grandes e pequenos e com grande abondancia».

A quinta do Pinhô, localizada a 800 m a Norte do mosteiro, exibe igualmente uma cerca com as mesmas dimensões das anteriores. Segundo o «Códice sobre a fundação do Mosteiro de Salzedas» (Folha 20) o abade de Salzedas Manuel Coutinho comprou esta quinta em 1744. Ainda neste Códice (Folha 22-22 v.º) encontramos referência ao abade José de Meneses (1759-1761) que aqui construiu casas e Esta propriedade foi uma das mais férteis do mosteiro, passando no centro uma linha de água, afluente da ribeira do Torno (ou Salzedas).

Possivelmente uma das primeiras granjas do mosteiro é a propriedade que se situa na sua continuação, na margem esquerda da ribeira do Torno, designada por Quinta da Tulha. Localiza-se em terrenos muito férteis que ainda hoje são explorados, apresentando uma cerca com cerca de 2 m de altura. Tem ainda uma adega, a celeraria, casas para forno, palheiros, casas para lenhas, alambique, cavalariças para bois e outros gados, dois moinhos e uma casa da tulha, onde eram armazenados os géneros alimentícios como é comprovado pelo Auto de Inventário de 1834.”

 

Fonte:

CENTRO DE INVESTIGAÇÃO TRANSDISCIPLINAR CULTURA, ESPAÇO & MEMÓRIA - CEM N.º 4 - cultura, espaço & memória - Dezembro de 2013

A PAISAGEM MONÁSTICA NO VALE DO VAROSA: O CASO DOS MOSTEIROS CISTERCIENSES DE ST.ª MARIA DE SALZEDAS E S. JOÃO DE TAROUCA

Por: Ana Sampaio e Castro

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